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Campo Grande vive aumento alarmante de imprudência no trânsito

A pressa e a impaciência estão transformando o trânsito da capital em um cenário cada vez mais perigoso. Ontem, um carro colidiu com um ônibus após o motorista se recusar a esperar o coletivo passar. O acidente, que poderia ter terminado em tragédia, é apenas um retrato do que se repete todos os dias nas avenidas da cidade: a falta de paciência e de respeito às regras básicas de convivência no trânsito.

Segundo dados da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), somente no primeiro semestre de 2025 foram registrados mais de 5 mil acidentes em Campo Grande — média de quase mil por mês. A cada cinco dias, uma pessoa perde a vida nas ruas da capital, resultado direto da imprudência e do descontrole no volante.

No caso mais recente, o motorista de um carro tentou ultrapassar um ônibus sem esperar o momento certo, alegando “pressa”. Testemunhas relataram que ele acreditou que conseguiria passar antes do coletivo, mas acabou batendo de frente. O episódio evidencia o quanto o ato de “não esperar” tem custado caro à segurança da cidade.

Especialistas afirmam que a pressa tem se tornado o maior inimigo dos motoristas campo-grandenses. “O problema não é só o acidente em si, é o comportamento. A falta de empatia, de paciência e de respeito às regras mostra que estamos vivendo uma crise de convivência no trânsito”, explica o educador de trânsito Paulo Medeiros.

A Agetran reforça que ações educativas, como o Maio Amarelo, já mostraram resultados positivos, reduzindo em quase 30% o número de acidentes com vítimas em anos anteriores. Mas para que as mudanças sejam duradouras, é preciso que o respeito vá além das campanhas e se torne um hábito diário.

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