Rapaz admite ter matado avô e neto, mas deixa delegacia pela porta da frente

Guilherme Urbanek da Rocha procurou a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Cepol na noite deste domingo (25) e confessou ter sido o responsável pelo assassinato do avô e do neto, no Bairro Moreninhas, em Campo Grande. Como não havia mandado de prisão contra ele, Guilherme foi ouvido e saiu da delegacia pela porta da frente, ficando livre para seguir seu caminho.

Na noite de sábado (24), o policial militar aposentado Nelson Carvalho Vieira, de 69 anos, e seu neto, Denner Vieira Vasconcelos, de 21, estavam na varanda de casa, na Rua Anacá, quando foram surpreendidos por criminosos em uma motocicleta Honda Biz branca. O passageiro desceu e efetuou dezenas de tiros em direção a Denner, que foi atingido. Para protegê-lo, o avô entrou na frente e acabou sendo atingido também.

No dia seguinte ao crime, na noite de ontem, Guilherme procurou a delegacia acompanhado de um advogado, poucos minutos após o fim do prazo de flagrante. Ele foi ouvido pelos policiais e apontou onde estava a arma usada no duplo homicídio.

Por não estar mais em flagrante e não haver mandado de prisão expedido contra ele, Guilherme não foi preso. Ainda não se sabe quem pilotava a motocicleta que levou Guilherme até o local do crime.

Motivação do crime

Segundo apuração do Primeira Hora News, o assassinato tem relação com uma questão de vingança. Guilherme pode ter agido por causa da morte do irmão dele, um garoto de 17 anos, ocorrida em 15 de janeiro do ano passado, também nas Moreninhas. Naquela ocasião, o alvo real era Guilherme, e o irmão dele acabou sendo morto no lugar dele.

O atirador que tentou matar Guilherme na época também agiu por vingança. Em março de 2022, Urbanek invadiu uma festa e tentou matar um desafeto a tiros. A vítima dos disparos ficou em estado grave, mas conseguiu sobreviver.

Ainda não há informações sobre qual a ligação de Denner com esses fatos. A família do avô e do neto acredita que eles foram mortos por engano. A investigação sobre o caso continua sob responsabilidade da Polícia Civil.